terça-feira, 1 de junho de 2010

RADIODIFUSÃO NO BRASIL

A primeira irradiação pública de nosso país foi feita no Rio de Janeiro, em 7 de setembro de 1922, com o discurso do Presidente Epitácio da Silva Pessoa, inaugurando a Exposição do Centenário da Independência. A irradiação foi feita através da Estação de prefixo S.P.C., instalada no alto do Corcovado, por iniciativa de Westinghouse Electric Internacional e da Cia. Telefônica Brasileira. Era uma transmissora pequena montada especialmente para os festejos da Exposição do Centenário e, por isso, teve vida curta.

Somente em 20 de abril de 1923 surgiu, verdadeiramente, a primeira radiodifusora brasileira: a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro. Daí por diante o progresso foi rápido, pois logo foram instaladas radiodifusoras em quase todas as capitais dos Estados. O seu número, sempre crescente, teve desenvolvimento maior depois da II Guerra Mundial.

Já em 1954 existiam quase 500 emissoras e, em 1962, o Brasil já se apresenta como a maior potência radiofônica da América do Sul.

A radiodifusão é uma das modalidades mais importantes da radiocomunicação, porque exerce sobre os radiouvintes marcante influência, graças à ampla penetração em todos os lares.

A primeira lei reguladora dos serviços de radiocomunicação no território brasileiro foi publicada em 27 de maio de 1931, Decreto nº. 20.047. Até então, todas as concessões eram reguladas pelo órgão competente do Ministério da Viação e Obras Públicas. Seguiram-se outras leis, portarias e regulamentos. Contudo só em 1962 se deu início a uma legislação que pretende ser completa sobre todos os aspectos da radiodifusão brasileira.

É interessante mencionar o fato de que já em 1892, em Mogi das Cruzes, São Paulo, o Padre-cientista Roberto Landell de Moura (1861-1928), brasileiro, natural de Porto Alegre-RS, realizando experiências com um rústico aparelho e utilizando uma válvula, semelhante à de Crookes, de três eletródios, conseguiu transmitir e receber a palavra humana através do espaço, sem o emprego de fios. Tendo aperfeiçoado o seu aparelho, em 1893 fez novas experiências na cidade de São Paulo, da Avenida Paulista ao Morro de Sant’Ana. Em 9 de março de 1901 obteve a patente brasileira de nº. 3.279, para transmissão da palavra a distância com e sem fios.

Em julho de 1901 partiu com destino a América do Norte, instalando seu gabinete de física em Nova York, distrito de Manhattan, onde permaneceria por três anos, fazendo ensaios e experiências.

Nos Estados Unidos, em 11 de outubro de 1904, obteve a patente nº. 771.917, para um Transmissor de Ondas e, em 22 de novembro de 1904, a de nº. 775.337, para um Telefone sem Fio e, na mesma data, a de nº. 775.846, para um Telégrafo sem Fio.

Desejando fazer demonstrações de seus inventos com navios de guerra no Rio de Janeiro, solicitou auxílio ao governo, nada conseguindo. Desiludido, voltou à sua terra natal, para se dedicar, daí por diante, somente aos seus paroquianos. As patentes, depois de expirados os prazos de garantia, caíram no domínio comum.







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